O início da recuperação da economia ainda é visto com cautela pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Nos primeiros dois meses do ano, embora o setor tenha obtido um superávit comercial de US$ 9,6 milhões, o valor ainda está longe de trazer tranquilidade às indústrias.
O segmento registrou, ao longo de 2017, déficit na balança, em função de uma tributação excessivamente elevada dos produtos, que reduz a nossa competitividade no exterior.
A pequena recuperação, no primeiro bimestre, não é motivo de comemoração, já que a disputa pelo mercado externo continua extremamente difícil. O superávit registrado nos últimos dois meses não significa necessariamente a recuperação da indústria e sim o início de um longo caminho pela frente para a retomada do potencial do segmento.
Segundo a ABIHPEC, em janeiro e fevereiro, a indústria brasileira do setor exportou US$109,9 milhões, com crescimento de 16,5% ante o mesmo período do ano anterior. Já as importações alcançaram US$100,3 milhões, queda de 0,8% na mesma base de comparação.
Sobre o mês de fevereiro, a exportação foi maior que a importação em US$ 8,8 milhões. O último superávit do setor havia sido registrado em maio de 2017, de US$ 3,9 milhões.
Os destaques do período foram as preparações e lâminas de barbear, que tiveram crescimento em exportações, e uma queda contínua que temos observados na importação de desodorantes.