Recuperação da economia tem efeito reduzido na indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

Setor ainda sofre com impacto negativo da tributação; crescimento ex-factory não foi suficiente para neutralizar as perdas registradas em 2015 e 2016

Mesmo com a recuperação da economia, que tem reduzido de forma lenta as perdas da indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC), a tributação pesada sobre o setor ainda tem um impacto negativo nos resultados. A indústria do segmento, que fornece itens essenciais à população, fechou o ano passado com modesto crescimento de 2,75%, ex-factory (líquido de imposto sobre vendas), ainda sentindo o forte impacto do peso tributário.

A pequena reação de vendas está longe de compensar os números ruins registrados no auge da recessão do país, em 2015 e 2016, quando o setor amargou perdas de 6% e 9%, respectivamente, em relação aos anos anteriores. “Esse cenário indica que os níveis de confiança melhoraram, mas ainda num patamar baixo. É natural que os números parem de cair, ainda que de forma lenta”, comenta João Carlos Basilio, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).

Nos dois anos de forte recessão, quando o PIB brasileiro chegou a recuar 7%, a indústria conviveu com forte queda no consumo, devido à crise econômica, agravada com a pesada carga tributária que incide sobre os produtos. “A tributação elevada prejudica não só a indústria de HPPC, como o acesso da população a itens essenciais para a manutenção da saúde e do bem-estar”, completa Basilio.

Existe um esforço contínuo de toda a indústria para superar a recessão que atingiu o país. Contudo, o setor ainda está longe dos números já registrados. Até 2015, a indústria de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos teve crescimento acima do PIB e dos demais segmentos da indústria. Os resultados de 2017 não foram suficientes para neutralizar as perdas registradas. “Ainda que o viés de recuperação se confirme, acreditamos que temos um longo caminho pela frente até atingir um patamar positivo, como nos anos anteriores”, explica o presidente-executivo da Associação.

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