Vendas do setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos permanecem estáveis no 1º trimestre de 2021

Essencial para o combate à COVID-19, a indústria de HPPC demonstra resiliência e compromisso com o País, apresentando crescimento de empregos diretos

A indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos manteve performance estável no consolidado de janeiro a março de 2021, em comparação ao mesmo período de 2020. De acordo com o Painel Dados de Mercado da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos), o setor apresentou retração de 1% em vendas ex-factory¹.

Em comparação com o primeiro trimestre do ano passado, produtos de Higiene Pessoal seguem com alta de 6%, reflexo do consumo de itens como o álcool em gel e sabonetes nas versões em barra e líquida, itens essenciais para o combate à pandemia. O destaque fica para a perfumaria, que mantém o crescimento de dois dígitos, com alta de aproximadamente 11%, deixando clara a cultura do brasileiro de perfumar-se para bem-estar próprio, independentemente de sua rotina estar atrelada ou não à interação social.

Os segmentos que apresentaram desempenho negativo foram os de cosméticos (14,8%) e Tissue (-17,9%).  A retração para os cosméticos deve-se à redução do consumo de categorias como maquiagem e coloração capilar. No caso de Tissue, a queda está mais relacionada ao aumento de preços repassados pelos fabricantes ao varejo desde o início do ano em consequência da alta do câmbio e seu reflexo no custo da matéria-prima.

“Esses números mostram que, mesmo com a pandemia, o consumidor não deixou de comprar os produtos do setor. E que a indústria tem trabalhado com agilidade para oferecer itens mais acessíveis, com alta tecnologia e inovação, para atender as demandas dos brasileiros”, diz João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC.

Relevância nacional

Importante lembrar que o setor de HPPC fechou 2020 com crescimento em vendas ex-factory de 5,8% período em que, mesmo diante de tanta complexidade, o setor aumentou em 2,1% a geração de empregos na indústria.

Apesar do resultado positivo no período, outros elos da cadeia de valor do setor enfrentaram dificuldades, como franquias, vendas diretas e, principalmente, os salões de beleza e barbearias. As normas de isolamento social resultaram em redução de 1,6 milhão de oportunidades de trabalho no setor como um todo.

O empreendedorismo é mais um dos destaques do setor. Em 2020 houve um aumento de 7% no número de empresas de HPPC, totalizando 3.148 de companhias distribuídas por todo país.

Para o presidente-executivo da ABIHPEC, apesar dos números positivos e do grande aprendizado obtido ao longo de 2020, o contexto econômico do país exige muita cautela. “Atualmente as nossas preocupações estão voltadas para dois aspectos: o controle da pandemia, para viabilizar o restabelecimento completo das atividades de canais de vendas e prestação de serviços presenciais, e a contenção da inflação, que está subindo de forma acelerada, o que consideramos um sinal extremamente alarmante”, reforça Basilio.

Historicamente o setor vem consolidando sua importância para a economia brasileira, apesar dos muitos desafios.  “Nos últimos dez anos, foi registrado um crescimento de 1,7%, número positivo se comparado à queda de 0,3% do PIB e de 2,1% da indústria em geral nesse mesmo período”², explica Basilio.

 

Sobre a ABIHPEC – A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) é uma entidade privada que tem como finalidade representar nacional e internacionalmente as indústrias desse setor, instaladas em todo país e de todos os portes, promovendo e defendendo os seus legítimos interesses, por meio de ações e instrumentos que contribuam para o seu desenvolvimento, buscando fomentar a competitividade, a credibilidade, a ética e a evolução contínua de toda a cadeia produtiva. Mais informações: www.abihpec.org.br

 

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