[:pt]Renner: Negócio financeiro foi afetado por PIS, Cofins e alta da Selic[:]

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Por Cibelle Bouças SÃO PAULO ­

A varejista de moda Renner informou nesta sexta­feira, em teleconferência para analistas de mercado, que o resultado do seu negócio financeiro no terceiro trimestre foi afetado pelo aumento de tributos e pela alta da taxa básica de juros (Selic) nos últimos 12 meses.

A companhia, que divulgou seus resultados ontem, lidera as perdas do Ibovespa nesta sexta­feira. Às 14h54, as ações da varejista registravam queda de 4,83%, para R$ 19,32. No mesmo horário, o principal índice da BM&FBovespa subia 1,50%, para 48.489 pontos. A empresa informou que espera uma melhora do negócio no quarto trimestre, com ajustes que tem feito principalmente na área de cobrança. “A empresa trabalhava no ano passado com uma taxa Selic média de 10,84%, agora os juros estão a 14,25%”, afirmou Laurence Gomes, diretor financeiro e de relações com investidores da Renner.

O executivo também disse que a empresa procurou acelerar os processos de cobrança das carteiras em atraso, o que resultou em um recebimento de valores menores em juros e multas. O resultado de produtos financeiros da Renner atingiu R$ 47,9 milhões no trimestre e teve queda de 22,4% em relação ao terceiro trimestre de 2014. O negócio financeiro foi o principal ponto de preocupação apontado por analistas. Gomes disse que a companhia fez ajustes na área de cobrança e de avaliação de crédito para melhorar a área. “Acreditamos que haverá um crescimento menor na provisão para devedores e melhora no resultado financeiro”, disse o executivo. O diretor acrescentou que houve piora na inadimplência, principalmente do Saque Rápido, onde o índice de perda chegou a 6,1%, ante 4,2% no ano passado.

A inadimplência no cartão Renner ficou em 4,2%, ante 3,4% um ano antes. A inadimplência de cartões com duas bandeiras (Renner e operadoras de cartão) ficou em 5,6%, ante 5% em 2014. Gomes disse que a Renner tem feito mudanças para restringir a oferta de crédito no Saque Rápido e espera um crescimento menor no nível de inadimplência no quarto trimestre. “A expectativa é que o nível de inadimplência em 2016 fique estável, em linha com a taxa do quarto trimestre deste ano”, afirmou o executivo.

Fonte: Valor[:]

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