Resolução 13: Importações no ES caem 26% em fevereiro


25 de Março de 2013 às 18:14

Com entrada em operação da Resolução 13 do Senado Federal no início deste ano e com o impacto direto no recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), as importações realizadas em fevereiro pelo Espírito Santo registraram uma forte queda de 26%, se comparada com o mesmo período do ano passado.

Conforme os dados divulgados pelo Sindicato de Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), que utiliza como base os dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), a redução em 47% das importações de veículos pelo Porto de Vitória foi um dos motivos para o baixo desempenho no mês.

Para se ter uma ideia, em fevereiro de 2012, as importações de veículos registraram um montante da ordem de US$ 331,6 milhões contra os US$ 175,6 milhões registrados no mês passado. O presidente do Sindiex, Severiano Imperial, explicou que, dentre os motivos dessa queda, estão o baixo crescimento do mercado interno e a operacionalidade da Resolução 13, que reduziu de 12% para 4% a alíquota nas operações interestaduais de produtos importados.

Apesar de ter um peso maior, não foi apenas a importação de veículos que contribui para a queda nos números de importação do Espírito Santo, que totalizou um montante de US$ 1,1 bilhão contra os US$ 1,5 bilhão no período anterior. Soma-se a isso também uma redução de 30% nas importações de máquinas e equipamentos, item que tem uma participação expressiva de 15% na pauta capixaba.

Conforme os dados do Sindiex, outros itens também registraram queda no comparativo com fevereiro do ano passado: tecidos, com -17%; carvão mineral, com -11%; e equipamentos para telefonia celular, com uma redução de 8%.

Da pauta dos principais produtos importados pelo Espírito Santo, apenas um foi destaque: o de peças para aeronaves, que registrou, por mais um mês, um crescimento de 73% nas operações. Vale destacar que, em janeiro deste ano, esse percentual chegou a 260%. “São peças usadas na produção de aviões, possivelmente pela Embraer”, lembrou Imperial.

Já as exportações brasileiras tiveram um desempenho melhor do que o Brasil, com uma queda de apenas 3% contra 8%. A principal redução ocorreu na venda de celulose para o mercado externo, que teve uma redução de 21%, assim como do minério de ferro e do ferro e aço, que registraram -5% e -1%, respectivamente. Óleo bruto e rochas ornamentais tiveram crescimento de 67% e 18%, respectivamente.



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