Sozinho, Brasil não pode romper acordo automotivo com México

A despeito das ameaças feitas nos bastidores nas últimas semanas pelo governo, o Brasil não pode, por conta própria, romper o acordo automotivo com o México, em vigor desde 2002. Se desejar sair da parceria, precisará contar com o apoio da Argentina, Paraguai e Uruguai. Isso porque o primeiro artigo do acordo define como “partes contratantes” do documento Mercosul e México. Quando o texto se refere à possibilidade de rompimento do acordo, afirma que “a parte contratante que desejar denunciar este acordo deverá comunicar sua decisão à outra parte contratante com 60 dias de antecipação”. Após anunciar a intenção de romper a parceria, o acordo se mantém por um ano antes de ser interrompido. A necessidade de revisão do documento surgiu por causa do elevado deficit comercial brasileiro com o país em veículos, que ultrapassou US$ 1,5 bilhão em 2011. Pelo acordo de 2002, decisões como a alta no IPI para veículos que não tenham 65% de conteúdo regional não valem para o México. Técnicos mexicanos vieram ao país e mantiveram reuniões com representantes brasileiros nesta semana. O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) afirmou ontem que as discussões estão em nível preliminar. Além de ter de convencer os outros integrantes do Mercosul, o Brasil precisa enfrentar a oposição das grandes montadoras se quiser romper o acordo automotivo. O Itamaraty afirmou que as negociações técnicas com o México serão retomadas nas próximas semanas. Diversos modelos vendidos no mercado interno são fabricados pelas empresas no México, como o Fusion (Ford), Fiat 500 e Freemont (Fiat), Jetta (Volkswagen), Captiva (GM) e March, Sentra, Tiida e Versa (Nissan). (Fonte: Folha de São Paulo)

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