Varejo prevê movimentação de R$ 145 mi em Fortaleza

Um ano após sinalizar recuperação nas estimativas para o Dia dos Namorados em Fortaleza – que chegou a 2% em 2018 – o comércio reduziu as previsões este ano. Segundo informações da pesquisa Potencial de Consumo do Fortalezense para o Dia dos Namorados, divulgada, ontem, pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), os consumidores de Fortaleza deverão movimentar, este ano, R$ 145 milhões, no comércio local, com a compra de presentes. No ano passado, enquanto as estimativas apontavam para R$ 148 milhões, a previsão atual representa queda de 2%, revelando que a economia ainda patina.

Com a estimativa menor, o volume previsto em vendas ainda não recuperou a queda de 9,4% registrada em 2017, quando a projeção apontava para R$ 145 milhões (em 2016, foram R$ 160 mi movimentados com a data). Os artigos de vestuário, itens de perfumaria, sapatos e bolsas, relógios e joias, além de chocolates aparecem com 84,4% de intenção dos consumidores ouvidos sobre compras de presentes, especialmente, para o Dia dos Namorados – proporção bem acima dos 74,7% observados em 2018. A data também promete animar o setor de serviços, já que 44,2% pretendem comemorar a data – índice superior aos 41,5% captados no ano passado.

Comportamento

A preferência dos consumidores mostra-se concentrada em sete produtos principais que, juntos, respondem por 96,6% da intenção de compra, com preponderância dos bens de uso pessoal. Segundo o levantamento, o gasto médio estimado, para este ano, praticamente não mudou sobre o ano passado, de R$ 227,00 – queda de 0,44% sobre a média de 2018 (R$ 226,00). “Mas o impacto poderá ser ainda maior, já que 6,6% dos entrevistados ainda não se decidiram sobre a compra de produtos para presentear”, destacou a Fecomércio-CE, em nota.

Apesar dessas previsões, o levantamento aponta que a proporção dos que pretendem comprar apenas um presente passou de 81,6% para 86,9% este ano, enquanto os que comprarão dois caiu de 16,9% para 11,4% – ambos os casos, acompanhando movimento observado no ano passado.

A pesquisa também revela que, na passagem anual, menos consumidores pretendem comemorar o evento (de 46% para 44,2%), sendo 40,8% em restaurantes – índice menor que os 43,2% de 2018 –, enquanto que 35,1% o farão em suas casas ou de parentes (contra 28% de 2018), e 3,5% pretendem viajar (ano passado, esse percentual era de 6,3%). Cerca de 150 mil casais estarão em busca de mesas em bares e restaurantes, principalmente aqueles do grupo com renda familiar acima de seis salários mínimos (67,5%), prometendo ser um dia de intensa movimentação.

Pretensão de compra

Segundo a Fecomércio-CE, dos que pretendem presentear seus pares, entre as opções, os artigos de vestuário lideram a intenção de compra (29,9%), com destaque para consumidoras (41,2%), com idade até 20 anos (39,6%) e com renda familiar inferior a três salários mínimos (31,7%). Em seguida, vem itens de perfumaria, com 21,6% da intenção de compra, cuja demanda será mais intensa dos consumidores do sexo feminino (22,8%), com mais de 36 anos (24,2%) e renda familiar entre três e seis salários mínimos (26,2%).

Os calçados e bolsas, por sua vez, aparecem com 13,6% de intenção de compra, preferidos pelas mulheres (18,4%), com idade acima dos 36 anos (15%) e renda familiar entre três e seis salários mínimos (19%); enquanto os relógios e joias detêm 10,4% da intenção de compra, entre homens (12,8%), com idade até 20 anos (14,8%) e renda entre três e seis salários (14,1%). Já os bombons, chocolates e trufas (8,9%) tem predomínio entre os homens (14,9%), com idade até 20 anos (15,8%) e renda entre três e seis salários (9,5%).

Conforme o levantamento, com cada vez menos tempo disponível, o consumidor irá privilegiar a comodidade em suas compras, preferindo o sábado (20,7%) e a sexta-feira (10,7%) como os dias mais prováveis para realizar a compra dos presentes. Os shopping centers foram os mais citados quanto ao local de procura dos presentes, com 60,3% das respostas.

Formas de pagamento

Assim como o movimento observado no ano passado, ainda reflexo do contexto econômico do País, os consumidores deverão pagar as compras, preferencialmente, à vista (63,2% das respostas) e com o cartão de crédito (36,3%) – contra os 56,9% e 42,4% registrados em 2018, respectivamente. O consumidor está consciente do seu poder de barganha e estará em busca de promoções (49,7% de citação) e fará pesquisa de preços (37,2%), mas a qualidade dos produtos (26,5%), atendimento do vendedor (25%) e beleza das vitrines (21,8%) – além da variedade dos produtos (15,3%) – também poderão influenciar na escolha.

Fonte: O Estado

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