Por Tatiane Bortolozi
O setor de vendas diretas movimentou R$ 41,3 bilhões no Brasil em 2015, queda de 0,8% em relação ao ano anterior, informou a Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD). É a primeira retração desde 2012, segundo ano em que o estudo foi realizado. No primeiro ano, não havia base de comparação.
O segmento sentiu o peso da variação negativa do Produto Interno Bruto (PIB), com contração estimada em 3,6%, e o recuo de 3,8% do consumo privado. “Tendo em vista a queda expressiva no poder de compra e do próprio PIB, não é um resultado para ser celebrado, mas a estabilidade nos deixa confiantes na possibilidade de investimento no canal”, disse Roberta Kuruzu, diretora executiva da associação.
O número de revendedores apresentou crescimento de 3,6% em comparação com 2014. O mercado fechou o ano com 4,6 milhões de consultores no país. As empresas de beleza predominam na venda por catálogo. A ABEVD não abre os números por empresas, mas as líderes Avon e Natura têm perdido participação nos últimos anos para empresas de porte menor, como Jequiti, Hinode, Mary Kay e Belcorp.
A adoção da estratégia multicanal pelo grupo O Boticário, que passou a atuar na venda direta por meio da Eudora, também provocou uma mudança significativa na divisão da fatias de mercado. Em 2015, a varejista de moda Marisa saiu da venda direta
Fonte: Valor