A força do mercado

Amanhã, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chegará ao Brasil após visitar a Colômbia e a caminho de Trinidad Tobago, apenas quatro semanas depois de o presidente Obama viajar ao México e à Costa Rica e menos de uma semana após a reunião da Aliança do Pacífico, em Cáli. Coincidência? De jeito nenhum.A última década de crescimento econômico em países como Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru despertou genuinamente a atenção dos Estados Unidos e dos empresários americanos. Desta vez, porém, isto não se deve a ameaças ou razões ideológicas, mas pela convincente razão do interesse econômico nacional. E contrasta nitidamente com os dias em que a política americana baseava-se em pensar que o que servisse em um dos países era bom para todos, ou ainda em ideologia ou paranoia. A região mudou, e com ela a capacidade dos EUA de influenciar cada país simplesmente por alavancar os dólares para seu desenvolvimento ou o seu prestígio regional. No terreno da economia, os EUA caíram de patamar em termos absolutos, e em alguns casos em termos relativos, como exportador para a América Latina e como mercado para seus produtos – mas não tanto quanto sugerem informações da mídia. Por exemplo, em 1995 os EUA forneciam 21% das importações do Brasil e compravam 21% de suas exportações; em 2011, esses números caíram para 15% e 10%, respectivamente. Aconteceu o mesmo com o Chile, para onde as importações dos EUA declinaram de 25% em 1995 para 20% em 2011, enquanto as exportações chilenas desceram de 14% para 11%. Sim, a América Latina passou a participar dos mercados globais. Mas os EUA permanecem centrais, especialmente para países com os mais acelerados ritmos de crescimento e maior potencial a longo prazo. Não por coincidência. Ao contrário da China, os EUA são um mercado para os produtos manufaturados mais sofisticados. O México tem sido particularmente eficiente em aproveitar a vantagem do mercado americano propiciado pelo Nafta (EUA, Canadá e México) para aumentar o valor agregado de seus produtos e está exportando automóveis e equipamento aeronáutico em termos globais. (Veja a matéria no site – Fonte: O Globo)

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