Alckmin reitera defesa do ICMS unificado em 4%


Agência Estado Da Redação

Em entrevista logo após o debate sobre ICMS no Senado, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, repetiu que defende a unificação das alíquotas do imposto, com um período de transição, até a unificação em 4%. Para ele, o período de transição ideal seria de quatro anos, mas o governador admite a possibilidade de o prazo se estender por oito anos – a proposta do governo prevê 12 anos.

– Alíquotas muito altas, como são as alíquotas interestaduais de 12% e 7%, mais a assimetria entre elas, é que proporcionam a guerra fiscal – argumentou.

Segundo Alckmin, uma alíquota única e baixa de 4% resultaria em um sistema mais eficiente, “o que será bom para o país”. Ele observou que, com tais mudanças, “uns ganham e outros perdem”. Em sua avaliação, São Paulo, por exemplo, perde. Daí a importância de um fundo de compensação para os que perdem e de um fundo de desenvolvimento regional para estimular as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ressaltou o governador.

Por outro lado, Alckmin destacou que a proposta enviada pelo governo trouxe mudanças em relação ao que havia sido discutido anteriormente e “impõe perdas muito maiores”, o que justifica o receio de vários governadores em relação ao fundo de compensação a ser criado.

– Acho até que R$ 8 bilhões são insuficientes para compensar a perda de todos os estados. O valor teria que ser mais alto – avaliou.

Alckmin foi um dos governadores que participaram da audiência pública promovida nesta terça-feira (19) pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE). O presidente da comissão, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), anunciou que pretende votar até o dia 2 de abril, na CAE, o projeto de resolução que unifica as alíquotas do ICMS (PRS 1/2013).

Agência Senado

(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)


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