Arrecadação Federal



Mês de março arrecadou R$ 86,6 bilhões aos cofres do Governo

O que houve

A Arrecadação Federal somou R$ 86,6 bilhões, mais uma vez batendo recordes histórico de arrecadação para o mês. O aumento na arrecadação foi sentido apesar do ritmo lento na recuperação da renda e do consumo do país.

Em relação ao mesmo mês no ano de 2013, a arrecadação cresceu 2,5% em termos reais e 8,8% em termos nominais.

Os resultados apresentados foram influenciados positivamente pela:

»    Recuperação da massa salarial (9,85%);

»    Aumento nas vendas de bens e serviços (3,31%);

»    Aumento do valor em dólares das importações (10,54%).

Ressalta-se que o desempenho da arrecadação também foi novamente influenciado pela retração na produção industrial (-2,49%).

O Órgão anunciou ainda, o valor acumulado no primeiro trimestre (janeiro/fevereiro/março), que totalizou o montante de R$ 293,4 bilhões representa um aumento real de 2,08% sobre o mesmo período do ano passado.

A previsão da Receita é de que o crescimento na arrecadação seja em torno de 3 a 3,5% este ano. Os dados mostram um crescimento de 0,92% em janeiro, 1,91% em fevereiro e agora de 2,08%. Com essa baixa média de crescimento, o Executivo deverá cortar gastos ou simplesmente não fechará as contas com o saldo prometido previsto.

Vale ressaltar que a injeção de receitas extras e manobras contábeis para melhorar os resultados minaram a credibilidade da equipe de política econômica nos últimos anos, no entanto, a extração de dividendo das empresas estatais ainda tem sido utilizada.

Por fim, o Secretário Adjunto da Receita, Luiz Fernando Teixeira Nunes, reafirmou que o órgão elaborou uma série de estudos sobre possíveis alterações tributárias para compensar o aporte de R$ 4 bilhões na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), mas ressalta que não pode antecipar tais medidas e que a tomada de decisão do que será afetado é do Ministro da Fazenda.

Saiba mais

»      Uma das grandes responsáveis que afetam negativamente as receitas são as desonerações tributárias: o governo deixou de arrecadar R$ 8,8 bilhões só no mês de março.

»      O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) novamente registraram queda de 6,48%. A Receita está acompanhando esta constante redução no recolhimento destes tributos e avalia se justificam em razão de compensações que um grupo de 15 a 20 empresas realizaram. O órgão acredita na retomada das receitas nos próximos meses devido ao aquecimento da economia.

»      Em contrapartida, o aumento de 3,61% nas contribuições previdenciárias e de 9,61% do Imposto de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado à importação contribuíram para o bom resultado da arrecadação.

Fonte: Patri Políticas Públicas

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