Balança tem superávit de US$ 1,29 bi na semana

As vendas ao exterior de plataforma para extração de petróleo, aviões e etanol puxaram o superávit de US$ 1,29 bilhão na balança comercial da terceira semana de junho, melhor resultado semanal desde maio do ano passado e que deixou o acumulado do mês com um saldo positivo de US$ 1,64 bilhão. Os dados, divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, mostram que se mantida essa tendência, será a primeira vez no ano que um saldo mensal será melhor do que o verificado em igual mês de 2012.

Na terceira semana de junho, as exportações somaram US$ 6,05 bilhões e as importações US$ 4,75 bilhões. O resultado no acumulado reduziu o déficit nas compras e vendas de bens do ano para US$ 3,74 bilhões. A média diária de US$ 1,07 bilhão nas exportações nas três primeiras semanas de junho é 11,1% superior à média diária dos embarques de junho do ano passado. Esse aumento é explicado pela exportação maior de manufaturados e básicos. Na outra ponta, as importações subiram 4 % na terceira semana ante junho do ano passado, com média diária de US$ 965 milhões. De janeiro a maio, os desempenhos mensais foram todos piores quando comparados aos mesmos meses de 2012. Apesar de fraca, a balança comercial de maio – com superávit de US$ 758 milhões – foi um sinal claro de recuperação, segundo avaliação feita pelo ministério na época da divulgação. José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), contudo, discorda do ministério. Excluindo o saldo positivo da terceira semana, junho está se mostrando um mês ruim. “Sem plataforma, aviões e caminhões, o saldo seria próximo de zero, o que é ruim para um mês historicamente de grandes superávits”, afirma. Castro chama atenção para a queda no preço do minério de ferro, que até o fim de maio estava em US$ 108 a tonelada, valor um pouco acima do registrado ano passado. “O preço veio caindo e agora está em US$ 93”, diz.

O superávit forte registrado na terceira semana de junho foi considerado “ponto fora da curva” por Fabio Silveira, economista da GO Associados, que mantém a estimativa de saldo positivo de US$ 8 bilhões para o comércio exterior brasileiro neste ano. “A desvalorização cambial recente e o crescimento menor do consumo e do investimento devem fazer o saldo

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