Banco Mundial reduz projeção de expansão da economia global

O Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento global e disse que a economia deverá se expandir mais lentamente este ano em comparação ao ano passado por causa de uma recessão mais profunda do que o esperado na Europa e pela recente desaceleração de alguns mercados emergentes. Em seu relatório semestral Perspectivas Econômicas Globais, divulgado ontem, o Banco Mundial advertiu que as grandes economias em desenvolvimento, que nos últimos anos conduziam a expansão mundial, não terão o mesmo desempenho que vinham tendo antes da crise financeira e terão de se concentrar em fazer reformas estruturais para seguir crescendo.

O banco prevê agora que o PIB do mundo vai crescer 2,2% este ano, ligeiramente abaixo do crescimento do ano passado, de 2,3%. Na última estimativa, divulgada em janeiro, o Banco Mundial esperava uma expansão de 2,4% em 2013. Andrew Bums, um dos principais autores do relatório, disse que a economia mundial deve ser menos volátil no futuro, mas que o crescimento vai se desacelerar. Nas projeções do banco, a economia global deve crescer 3,0% em 2014 e cerca de 3,5% em 2015, “O crescimento não está mais lento por causa de uma demanda inadequada, mas porque, na nossa opinião, a rápida expansão que vimos no período pré-crise foi resultado de uma bolha”, declarou Burns a jornalistas. “O que estamos vendo agora está mais em linha com o potencial de crescimento subjaente (…) No entanto, se trata de um caso em que nos movemos para uma nova normalidade pós-crise”, explicou o economista. Parte dessa “nova normalidade” levará a taxas de crescimento menores em países como Brasil, índia, Rússia e China, com a moderação dos preços das matérias-primas e em momentos em que os países buscam reequilibrar suas economias, disse o Banco Mundial. A entidade cortou as estimativas para os países em desenvolvimento, que no ano passai dose expandiram ao menor ritmo em uma década, 5,1% em m comparação à previsão anterior feita em janeiro de 5,5%. O banco disse que o crescimento nesses países deve reagir lentamente no futuro, chegando a uns 5,6% no ano que vem e 5,7% em 2015. Para a América Latina, o banco cortou as previsões de crescimento de 3,5% para 3,3%. (Fonte: O Estado de S. Paulo)

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