BC eleva projeção para inflação em 2014 e 2015 na ata do Copom



ECONOMIA & NEGÓCIOS

Banco Central citou pressão dos preços administrados, como energia, e do realinhamento com o mercado internacional, com a expectativa de reajuste de gasolina; mercado espera alta de 0,25 ponto porcentual da Selic em dezembro e em janeiro

Em meio a um cenário de incertezas, o Banco Central elevou a projeção para a inflação em 2014 e 2015 no cenário de referência. A estimativa permanece acima do centro da meta do governo de 4,5% ao ano. Nesta quinta-feira, 6, o BC divulgou a ata do Copom com explicações sobre a decisão do Comitê de Política Monetária de elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) na semana passada, de 11% para 11,25% ao ano.

A ata citou duas pressões inflacionárias: o realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais, em referência à expectativa de reajuste da gasolina, e realinhamento dos preços administrados em relação aos livres (o reajuste das tarifas de energia). Segundo o Banco Central, do início do ano até o mês passado, uma série de reajustes da energia foi incorporada ao cenário e, todo o desconto que havia sido dado aos consumidores em 2013 não apenas foi anulado como ultrapassado.

A perspectiva para o dólar também subiu. O câmbio considerado no cenário de referência passou de R$ 2,25 para R$ 2,50. A alta o dólar pressiona ainda mais os preços, pois setores que dependem de importação de insumos passam a ter custos mais elevados de produção. Para a taxa básica de juros, o Copom manteve a premissa considerada de 11% ao ano.

Diante deste cenário, o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, avaliou que a ata aponta que o ciclo de aperto monetário vai depender basicamente do dólar. Segundo Freitas, é possível esperar um aumento de 0,25 ponto porcentual do juro em dezembro e outro em janeiro.

Fonte: Estadão

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