Conscientização impulsiona consumo de protetor solar no Brasil

Os brasileiros são os maiores consumidores de protetor solar do mundo, disse o presidente da ABIHPEC em seminário sobre proteção solar


A maior conscientização da população em relação aos riscos da exposição da pele ao sol impulsiona o mercado de protetor solar no Brasil. A queda nos preços e o desenvolvimento de protetores com maiores níveis de segurança e proteção fizeram com as vendas se multiplicassem nos últimos anos, tornando o País o maior consumidor mundial deste produto.

Segundo dados da Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o país responde por uma fatia de aproximadamente 20% do mercado mundial de protetores solares. No ano passado, o consumo global, em termos de preço ao consumidor, somou US$ 8,2 bilhões, dos quais US$ 1,6 bilhão veio do Brasil.

O incremento do uso da proteção à pele pode ser observado por pesquisa encomendada pela ABIHPEC à Mintel, que comprova a mudança de hábito dos brasileiros. Ao todo, 63% das consumidoras consultadas utilizam maquiagem com protetor solar. O mesmo percentual se aplica ao uso de hidratante facial com fator de proteção solar.

“As maquiagens multiuso têm se mostrado uma tendência. Mais de 60% das maquiagens já incorporaram em sua composição o fator de proteção solar”, diz o presidente da ABIHPEC, João Carlos Basilio. Além disso, 50% dos brasileiros utilizaram protetor solar com fator de proteção acima de 30 nos últimos seis meses, o que comprova uma maior conscientização sobre o uso do produto.

No entanto, o levantamento realizado em abril, com 1.500 pessoas das cinco regiões do País, detectou que somente 39% dos entrevistados acreditam que usam o fator de proteção solar correto para suas peles. Além disso, apenas 14% afirmam saber as diferenças entre proteção UVA e UVB.

“Ainda há espaço para informar melhor a população quando o assunto é proteção solar”, enfatiza o dirigente.

Preços

O presidente da ABIHPEC ressalta ainda que a redução no preço dos produtos, por meio da eliminação de impostos, também foi importante para o desenvolvimento do mercado, mas que ainda é necessário avançar. “Estamos sensibilizando as autoridades sobre os benefícios da redução de impostos, para que a população possa ter mais acesso a este produto, essencial e de uso diário”, diz.

Basilio cita, como exemplo, o caso do Estado do Rio de Janeiro, que diminuiu este ano o preço ao consumidor do protetor, com fator de proteção igual ou superior a 30, ao inclui-lo na cesta básica, reduzindo de 18% para 7% a incidência de ICMS. Segundo ele, porém, alguns estados cobram uma alíquota de até 25% de ICMS sobre o preço do produto.

O mercado de proteção solar no País saiu de um faturamento da faixa dos US$ 200 milhões e deverá encerrar 2015 movimentando US$ 2,2 bilhões, segundo estimativa da ABIHPEC. Segundo Basilio, parte desse incremento das vendas foi impulsionada pela redução ao longo dos últimos anos do IPI incidente sobre o produto, que atualmente é zero, mas que somava 77% nos anos 90.

O seminário sobre proteção solar da ABIHPEC contou com o apoio institucional dos maiores players de protetor solar no mercado: Aché, Avon, Grupo Boticário, Hypermarcas, Johnson&Johnson, L’Oréal, Natura, Nivea e Valmari.

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