[:pt]Economia global caminha para ‘novo medíocre’, afirma FMI [:]

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DA REUTERS

01/10/2015  02h00

A desaceleração das economias de países em desenvolvimento vai fazer com que a economia global cresça em ritmo menor neste ano, ampliando apenas levemente o passo em 2016, disse nesta quarta-feira (30) a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a francesa Christine Lagarde.

Em um discurso que precede um relatório sobre o crescimento global que será divulgado na semana que vem, Lagarde não revelou estimativas específicas, mas suas afirmações são mais pessimistas que a previsão do FMI de julho, pouco antes de os mercados financeiros globais enfrentarem turbulências causadas por preocupações com a economia chinesa.

Um dos motivos apontados por Lagarde para o cenário mais complicado para a economia global foi o Brasil, que, ao lado da Rússia, “está enfrentando sérias econômicas financeiras” —diferentemente da Índia, que, segundo a francesa, permanece um ponto de destaque.

“A notícia não tão boa é que as economias emergentes provavelmente terão seu quinto ano consecutivo de declínio nas taxas de crescimento”, disse Lagarde, afirmando que os países emergentes podem ser atingidos pelo período extenso de preços baixos das commodities.

As cotações das matérias-primas estão sofrendo os efeitos da desaceleração chinesa, que caminha para um crescimento de 7% neste ano, um resultado forte para os padrões globais, mas distante do ritmo de dois dígitos da década passada, quando a arrancada do gigante asiático fez subir os preços das commodities, como minério de ferro e soja.

Para Lagarde, a China precisa continuar tentando rebalancear sua economia (de um modelo exportador para um mais voltado para o consumo interno), mas também deve ter cuidado em assegurar a “estabilidade financeira e da demanda”.

Ela também disse que o crescimento está aumentando na zona do euro e no Japão e ainda parece robusto nos Estados Unidos e no Reino Unido.

No entanto, ressaltou que o crescimento global é desapontador e desigual e que as perspectivas para o médio prazo ficaram ainda mais fracas. “O ‘novo medíocre’ sobre o qual alertei há exatamente um ano –o risco de baixo crescimento por um longo período está mais perto.”

Em julho, o FMI previu uma desaceleração no crescimento global deste ano para 3,3%, ante 3,4% em 2014, e estimou um avanço do crescimento para 3,8% em 2016.

Fonte: Folha

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