EUA sinalizam que o voto do Brasil não vai aumentar no FMI

O Tesouro norte-americano já sinalizou a representantes brasileiros que um novo aumento no poder de voto do Brasil no FMI, previsto para janeiro de 2014, dificilmente se concretizará. Os americanos enfrentam dificuldades para aprovar no Congresso do país a revisão nas quotas definida em 2010 e não querem enfrentar uma nova negociação antes de resolver essa pendência. Dessa forma, a principal pauta da diplomacia econômica do Brasil fica sem data para avançar e a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, que já pediu novos recursos, terá que esperar. “Dificilmente chegaremos a janeiro de 2014 em condições de fazer a revisão prevista. Os Estados Unidos têm restrições a novas conversas antes de aprovar a reforma de 2010. E os europeus, que estão sobre-representados e serão os principais atingidos por qualquer mudança, não farão qualquer esforço”, diz um interlocutor do governo brasileiro.

As regras do FMI estabelecem que as mudanças nas quotas dos países membros têm que ser aprovadas com pelo menos 85% dos votos. Como os Estados Unidos detêm 16,75% do total de votos do FMI, nenhuma mudança passa sem apoio dos americanos. O cronograma de reforma da instituição prevê que o Fundo apresente uma proposta de alteração nas quotas, mais uma vez para aumentar o poder dos países emergentes, no início de 2014. Também deveria ser discutida a fórmula que o Fundo usa para calcular qual deve ser a participação de cada país. Se houver alguma avanço, deve ser na discussão dos critérios técnicos usados na fórmula. De acordo com as conversas entre os governos brasileiro e americano, há uma janela de oportunidade para que o Congresso dos Estados Unidos aprove a revisão de 2010 em setembro, mas as chances são consideradas baixas e o assunto não está entre os mais urgentes da pauta política no país. Em 2010, com o acirramento da crise financeira na Europa, os países-membro do FMI decidiram duplicar as quotas da instituição. (Veja a matéria no siteFonte: Valor Econômico)

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