FMI recomenda reformas à China, mas não espera “pouso forçado”

O FMI ressaltou ontem a necessidade de a China a promover uma série de reformas para escapar de uma trajetória insustentável de crescimento, considerando pouco significativo, porém, o risco de um pouso forçado da economia. O Fundo espera que o país avance 7,75% neste ano e 7,7% em 2014, projeções superiores à própria meta do governo chinês, de 7,5%.”Desde a crise global, uma combinação de estímulos fiscais, de investimento e de crédito estimularam a atividade. Esse padrão de crescimento não é sustentável e está aumentando vulnerabilidades”, disse o FMI, em relatório.

“Embora a China tenha amortecedores significativos para superar os choques, as margens de segurança estão diminuindo.” Para garantir um crescimento mais equilibrado, a China precisa tomar medidas para conter “riscos crescentes” – como os provocados pela expansão exagerada do crédito -, enquanto a economia se encaminha para um rota mais baseada no consumo, que seja ao mesmo tempo inclusiva e respeite mais o ambiente.Apesar de ressaltar esses problemas, o FMI não vê como provável uma queda forte do ritmo de crescimento da China, segundo Markus Rodlauer, vice-diretor do departamento da Ásia e do Pacífico do Fundo. “A questão-chave é se há um risco significativo de uma forte desaceleração, um pouso forçado, mas a nossa visão é de que claramente não há”, disse Rodlauer, para quem há muita atenção à dinâmica de curto prazo, se a expansão será de “7,8%, 7,7%, 7,6% ou 7,5%”.Para ele, os indicadores mais recentes confirmam que o crescimento está “mais ou menos” de acordo com a meta das autoridades, “provavelmente um pouco mais alto”. No segundo trimestre, o PIB chinês cresceu 7,5% em relação ao mesmo período de 2012, abaixo dos 7,7% registrados no primeiro trimestre. (Veja a matéria no site – Fonte: Valor Econômico)

Comments

Open chat
Como posso te ajudar?