Previsão anterior do Planejamento era de retração de 1,2% no ano.
Estimativa para o índice de inflação oficial passou de 8,26% para 9,0%.
Débora Cruz e Darlan Alvarenga Do G1, em Brasília e em São Paulo
O governo revisou nesta quarta-feira (22) a sua previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em 2015 para uma retração de 1,49%. Já a estimativa para o índice de inflação oficial (IPCA) passou de 8,26% para 9,0%.
“A previsão para 2015 do crescimento real do PIB foi reduzida de ‐1,20% para -1,49% sendo que tal queda impacta o mercado de trabalho e consequentemente a taxa de crescimento da massa salarial nominal, que acabou sendo revista de 4,83% para 1,74%. O índice de inflação (IPCA) passou de 8,26% para 9,0%” informa o “Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias”, referente ao 3º bimestre de 2015, divulgado pelo Ministério do Planejamento. “Nesse cenário semelhante ao de mercado, a estimativa de inflação sugere certa persistência em 2015, refletindo o realinhamento dos preços administrados e a desvalorização cambial”, destacou.
A nova estimativa de encolhimento da economia em 2015 é mais pessimista que a divulgada pelo Banco Central em junho, que avaliou que a economia brasileira deve “encolher” 1,1% neste ano – a maior contração em 25 anos.
A atual expectativa dos economistas semanalmente ouvidos pelo Banco Central na pesquisa Focus é de que o PIB encolha 1,70% neste ano. Já para a inflação, a estimativa é de 9,15% em 2015.
Previsão para 2016 também cai
Para 2016, a previsão do governo é de um crescimento de 0,5% da economia brasileira ante estimativa anterior de alta de 1,3%. Para os anos de 2017 e 2018, a estimativa é de uma alta de 1,8% e 2,1% do PIB, respectivamente.
No mesmo relatório, o governo anunciou a revisão da meta de economia para pagar os juros da dívida – o chamado superávit primário – para R$ 8,747 bilhões em 2015, o equivalente a 0,15% do PIB, ante previsão anterior de R$ 66,3 bilhões (1,19% do PIB). Foi anunciado ainda um corte adicional de R$ 8,6 bilhões no Orçamento de 2015, totalizando um contingenciamento acumulado de R$ 79,4 bilhões nos gastos entre todos os poderes no ano.
Fonte: G1