Grandes redes de farmácias têm receita recorde de R$ 80 bi

As grandes redes de farmácias voltaram a registrar recorde no faturamento de 2022, que superou pela primeira vez a marca de R$ 80 bilhões. O crescimento bruto em relação a 2021 foi de 17,43%, segundo dados das 26 empresas que integram a Abrafarma.

A receita do segmento totalizou R$ 80,15 bilhões, contra R$ 68,25 do ano anterior. As redes ainda alcançaram outros números inéditos, como o recorde de 1 bilhão de atendimentos. “Isso equivale a dizer que cada brasileiro visitou pelo menos cinco vezes a farmácia ao longo do ano. A frequência média histórica era de quatro, uma mostra da consolidação do setor como canal cativo do consumidor que busca conveniência e saúde em um só espaço”, avalia Segio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.

Os medicamentos responderam por 69% do faturamento, movimentando R$ 55,25 bilhões. O avanço foi de 18,4% em relação a 2021. Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) cresceram ainda mais – 19,41%, com R$ 15,95 bi em vendas. “Mas percentualmente, os remédios que mais se destacaram no levantamento foram os genéricos, com alta de 20,85%. Essa categoria se firmou como opção de compra mais acessível para os brasileiros”, acredita Barreto.

Os produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, agrupados no segmento de não medicamentos, somaram R$ 24,89 bilhões de receita, índice 15,34% acima do de 2021.

E-commerce acelera avanço das grandes redes de farmácias

A operação de e-commerce nas grandes redes de farmácias mantém ascensão consistente, com R$ 3,8 bilhões de faturamento e evolução de 36,04%. No ano anterior, o valor era de R$ 2,7 bilhões. O volume de unidades distribuídas por esse modelo superou 105 milhões. “As vendas online já são quase 5% do negócio das farmácias. Esse é um claro sinal de maturidade do grande varejo, que soube se adaptar rapidamente às transformações no perfil de consumo aceleradas na pandemia”, comenta.

Grandes redes ampliam recrutamentos

O aumento do contingente de atendimentos de 954 milhões para 1 bilhão estimulou também a demanda por mão de obra. As redes de farmácias absorveram mais de 10,2 mil novos empregos em 2022 e hoje contam com 177.496 funcionários e colaboradores, sendo 30.848 farmacêuticos.

“Desde a eclosão da Covid-19 no Brasil, as farmácias aplicaram mais de 20 milhões de testes rápidos, que se revelaram uma estratégia fundamental para conter a incidência de casos e auxiliar a rede pública em ações de combate ao vírus. Esse cenário realçou o protagonismo dos farmacêuticos na atenção primária à população brasileira”, conclui.

Fonte: Panorama Farmacêutico 

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