Indicador da FGV mostra queda do emprego nos próximos meses

 

Por Valor SÃO PAULO ­

O Indicador Antecedente de Emprego medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 2,6% em agosto, para 64,2 pontos, seu menor nível desde janeiro de 2009, quando marcou 62,8 pontos. O índice está 20,1 pontos abaixo da média histórica da série, sinalizando continuidade da tendência negativa para o nível de emprego nos próximos três a seis meses, segundo a instituição. Por sua vez, o Indicador Coincidente de Desemprego recuou 1,4%, ficando em 89,5 pontos, primeira queda depois de sete meses consecutivos de alta. “O indicador antecedente de emprego confirma que a indústria deve continuar demitindo devido à recessão econômica atual.

O setor de serviços também preocupa, em função da piora acentuada da situação de negócios, indicando continuidade de demissões no setor nos próximos meses. O indicador coincidente, por sua vez, mostra que, após a forte elevação em julho, pode haver uma alta mais moderada da taxa de desemprego, ou até estabilização em agosto, mas sem melhora nos meses subsequentes”, afirma, em nota, Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV/Ibre.

Os indicadores que mais contribuíram negativamente para a queda do indicador antecedente foram os que mensuram a situação atual dos negócios para o setor de serviços e a tendência dos negócios para os próximos seis meses na indústria, com variações negativas de 7,0% e de 5,1%, respectivamente. Quanto ao indicador coincidente, o desataque ficou com a influência do quesito que mede a percepção da dificuldade de se obter emprego entre aqueles consumidores com renda familiar total de até R$ 2.100, que teve baixa de 3,1% ante julho. (Valor)

Fonte: Valor

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