Marketing da beleza

O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) é a indústria que mais investe em comunicação e publicidade no Brasil, segundo o IBOPE. As marcas estão de olho no consumidor final e também nos salões de beleza. De acordo com dados do Sebrae-Nacional, mensalmente são abertos oito mil novos salões no país. João Carlos Basilio, presidente da Associação Brasileira da indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), conversa com a coluna.

As marcas de cosméticos estão sabendo dialogar com o público feminino?
Os itens cosméticos têm conquistado cada vez mais relevância para a qualidade de vida e bem-estar dos seus consumidores. Tendo em vista um público feminino forte, multitarefado e que assume mais papeis na sociedade, o diálogo precisa sempre levar em consideração a sensibilização e a singularidade. Um importante ponto de contato com os produtos do setor acontece nos salões de beleza. A título de curiosidade, dados do Sebrae-Nacional apontam que, mensalmente, são abertos 8 mil novos salões no Brasil.

A mulher brasileira está mais vaidosa?
Mais do que vaidade, a mulher tem uma relação de saúde e bem-estar com os produtos do setor. O Brasil é o terceiro maior mercado consumidor de HPPC do mundo. Com um faturamento na ordem de R$ 101,7 bilhões, o setor registrou crescimento nominal de 11% em 2014. Nossa última pesquisa de hábito e consumo de cosmético da mulher brasileira apontou que – entre as que têm de 18 a 55 anos – 32% sempre carregam algum tipo de maquilagem na bolsa e 27% mudam a cor do esmalte uma vez por semana. Para o público mais sênior, com 55 anos ou mais, o benefício antienvelhecimento é fundamental, uma vez que 43% das mulheres usam produtos anti-idade. A indústria está cada vez mais empenhada em oferecer produtos inovadores que atendam às necessidades específicas de cada público.

O que contribui para esse desempenho?
Ele está associado a importantes fatores que impulsionam a indústria nacional, como o investimento em inovação, por exemplo. Cerca de 30% do faturamento bianual do setor é proveniente de lançamentos. As companhias investem cada vez mais na segmentação e ofertam produtos com maior valor agregado, o que é fundamental para a mulher brasileira, que é multitarefada e precisa otimizar o seu tempo.  É por isso que os cosméticos multifuncionais, que oferecem mais de um benefício, são tão bem aceitos no mercado brasileiro.

João Faria é jornalista e sócio-diretor da Agência Cidadã. João Faria escreve no Metro São Paulo.

FONTE: METRO

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