Redução do IOF deve estimular crédito

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a redução do IOF sobre captações externas visa aumentar a liquidez disponível aos bancos e empresas no país.”Isso reduz o custo e aumenta a oferta de crédito no país”, disse o ministro. “Fundamentalmente é uma medida de liquidez, de aumento da disponibilidade financeira para instituições brasileiras”.Em decreto publicado no Diário Oficial da União, o governo removeu a cobrança de 6% do IOF incidente sobre empréstimos externos com prazo até cinco anos.Essa alíquota será cobrada apenas de empréstimos no exterior com prazo até dois anos. Acima desse prazo, as captações ficam sujeitas apenas à taxa de 0,38%.”Vamos verificar a eficácia da medida e ela pode ser revista a qualquer momento. Se aumentar muito o fluxo, elevamos de novo o prazo”, afirmou o ministro.No ano passado, o Ministério da Fazenda havia promovido elevações no IOF sobre captações externas. Inicialmente, a taxa de 6% era cobrada apenas para empréstimos de até 3 meses, e passou a valer para captações até dois anos.Desde março deste ano, esse prazo foi elevado para cinco anos. Na época, o governo afirmou se tratar de uma medida prudencial.”Os bancos e empresas estavam tomando muito crédito lá fora e irrigando o Brasil, era um momento em que havia muita liquidez. Julgamos que esse excesso terminou, e estamos abrindo a possibilidade de que os bancos e empresas voltem a tomar esses empréstimos”, disse.Segundo o ministro, com a piora da crise internacional, os agentes do exterior estão mais receosos em conceder empréstimos de longo prazo. “Agora é possível que as instituições peguem empréstimos a um prazo maior.”Assim, o ministro minimizou o efeito da medida no câmbio, e diz que não estão previstas novas ações para conter a alta da moeda americana, que já acumula valorização superior a 10% no ano.”A única medida que estava em cogitação era essa, e ela tem mais a ver mais com crédito do que com câmbio.” (Fonte: Brasil Econômico)

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