A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e a Prefeitura do Município de Londrina realizaram nesta segunda-feira (24/8), cerimônia para anunciar parceria no Programa “Dê a Mão para o Futuro” Reciclagem, Trabalho e Renda. A iniciativa de responsabilidade socioambiental visa criar oportunidades de trabalho, desenvolver e gerar mais renda àqueles que vivem da reciclagem e contribuir com o meio ambiente, reduzindo os resíduos que seriam encaminhados para o aterro.
A solenidade para assinatura do termo de adesão contou com a participação de Alexandre Lopes Kireeff, prefeito de Londrina; João Carlos Basilio, presidente da ABIHPEC; Rose Hernandes, diretora de Meio Ambiente da ABIHPEC; Roberto Bonato Kümmel, vice-presidente da ABIMAPI; Nilo Cini Junior, presidente do SINDIBEBIDAS; Luiz Roberto dos Santos, secretário executivo do SINDIBEBIDAS; Selma Maria Assis Gonçalves, presidente da Central Coop; e José Carlos Bruno De Oliveira, presidente da CMTU.
Em Londrina, inicialmente cinco cooperativas farão parte desta iniciativa:
COOPER REFUM – Cooperativa de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis Refum Ltda
ECORECIN – Cooperativa de Coleta de Materiais Recicláveis e Reutilizáveis
COOCEPEVE – Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Reciclagem de Londrina
COOPERMUDANÇA – Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Londrina
COOPERNORTH – Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis e de Resíduos da Região Norte de Londrina
Sobre o programa Dê a Mão para o Futuro
O Programa “Dê a Mão para o Futuro” Reciclagem, Trabalho e Renda foi desenvolvido pela ABIHPEC, e é realizado em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza (ABIPLA), e com a Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI), como uma alternativa viável para suas associadas no gerenciamento de resíduos sólidos pós-consumo.
O Programa busca atender os seguintes objetivos:
- Colaborar com a melhoria do panorama nacional em relação à correta destinação de resíduos sólidos urbanos, ajudando a reduzir o volume de materiais recicláveis que seriam destinados aos aterros.
- Viabilizar a reciclagem das embalagens pós-consumo por meio de ampliação e melhoria da coleta, triagem, beneficiamento, valorização e comercialização.
- Desenvolver ações destinadas a apoiar programas de geração de trabalho e renda e que promovam a inclusão social, a melhoria das condições de trabalho e qualidade de vida dos catadores de materiais recicláveis, desenvolvendo Programas integrados e sustentáveis.
- Oferecer aos geradores de resíduos sólidos (toda a sociedade), uma opção adequada de gerenciamento de seus resíduos.
- Oferecer aos recicladores e/ou indústrias transformadoras, matérias-primas devidamente coletadas e processadas.
Central de Valorização de Materiais Recicláveis
O “Dê a Mão para o Futuro” tem como um de seus princípios, considerar os contextos locais para adaptação de seu modelo de atuação. Em específico no estado do Paraná foi realizado um Termo de Cooperação Mútua entre os Parceiros do Programa e o SINDIBEBIDAS, de modo a corroborar com as importantes iniciativas que estão sendo efetivadas em âmbito estadual, a partir da organização de cooperativas e associações de catadores em Rede Solidária de Empreendimentos de Catadores de Materiais Recicláveis.
Esta iniciativa permite aos catadores, não apenas uma melhoria em seu modo organizacional, como também a otimização em seus processos de comercialização de materiais. A ideia é que comercializando em rede, as cooperativas têm maior poder de negociação no mercado, chegando a vender seus materiais diretamente para as indústrias de reciclagem.
Outro benefício é que, com investimentos da iniciativa privada, as Redes de Cooperativas podem adquirir equipamentos de beneficiamento e transformação de materiais em matéria prima para serem vendidos diretamente para a fabricação de novos produtos.
Objetivo Geral do Programa
Promover de forma mensurável e real a valorização do trabalho dos catadores, e potencializar a melhoria da qualidade de vida por meio de maior participação destes trabalhadores na cadeia produtiva da reciclagem dos municípios envolvidos, através da melhoria no beneficiamento e segregação, da estrutura para logística, da formação contínua para o trabalho e cidadania e da implantação de um modelo padrão de empreendimento solidário, com estrutura suficiente para organizar-se em uma Rede Solidária de Comercialização e de agregação de valor aos materiais coletados em Londrina e alguns outros municípios da região.
Além destes, diminuir o volume de materiais recicláveis que são hoje destinados aos aterros, de modo a redirecioná-los à cadeia de reciclagem.