Workshop do ITEHPEC debate proteção solar

O Instituto de Tecnologia e Estudos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ITEHPEC), braço de inovação da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), realizou o 2° Workshop de Fotoproteção, no dia 10 de março, em São Paulo.

Como tema “Proteção Solar: Presente e Futuro”, o evento teve como objetivo promover a inovação, bem como debater aspectos regulatórios de protetores solares e discutir os desafios e tendências do segmento.

Maior mercado consumidor de produtos de fotoproteção, o Brasil é responsável por cerca de 20% do consumo de protetores solares no mundo e 82% na América Latina. O crescimento desse mercado é impulsionado, principalmente, por conta da maior conscientização do consumidor que busca proteção UVA.

Considerando esse cenário, o ITEHPEC, que incentiva a inovação na indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, dentro de padrões de excelência, promoveu a segunda edição do Workshop. “Esse encontro é uma oportunidade para antecipar as tendências do segmento, identificar oportunidade de inovação e também de agregar valor aos produtos do setor”, comenta João Carlos Basilio, presidente do Instituto.

Para iniciar os debates, a dermatologista, membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia e presidente do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC, Flávia Addor, apontou as principais tendências do mercado e expectativas do consumidor. Os destaques foram o aumento da demanda por produtos multifuncionais, que garantem inúmeros benefícios com uma única aplicação, e também a maior preocupação da sociedade com a saúde.

“Os cosméticos deixaram de estar relacionados apenas à limpeza e embelezamento e passaram a ter maior correlação com a qualidade de vida, longevidade e cuidados preventivos contra doenças, sobretudo em relação à dermatologia”, comenta Flávia Addor.

Também mencionou alguns atributos essenciais na avaliação da performance do protetor solar, como facilidade de aplicação, ampla cobertura, toque e tom adequado para pele, duração e facilidade de remoção, efeito uniformizador, e também a necessidade da resposta imediata. “Não basta ter eficácia, o produto deve proporcionar um resultado a curto prazo”, diz Addor.

Para comentar a proteção do produto em si, especialista em embalagens e Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC, Assunta Camilo, abordou as novas tendências de embalagens, que proporcionam máxima performance do protetor solar, além de atender a demanda da sociedade cada vez mais exigente.

Considerando que “embalagem melhor, promove um mundo melhor”, o direcionamento, segundo Assunta Camilo, é que as embalagens sejam cada vez mais econômicas, práticas e convenientes para o consumidor, com toque de estilo e design, que preservem a saúde e que também sejam seguras e sustentáveis.

“São inúmeras as oportunidades para as empresas do setor apresentarem projetos e iniciativas de embalagens práticas para protetores solares, garantindo a segurança na aplicação e no uso do produto”, explica Assunta Camilo. Rótulos claros, com informações precisas e diretas, também estão entre as exigências do consumidor.

Já a professora doutora da USP-RP, Lorena Gaspar, abordou os principais aspectos relacionados à estabilidade dos filtros solares e a relação entre fotoestabilidade e performance do protetor solar, apresentando uma estratégia envolvendo diferentes estudos para correlacionar fotoestabilidade e segurança aos aspectos relacionados à proteção contra o câncer de pele.

Na sequência, Pedro Amores da Silva, especialista em temas regulatórios internacionais, Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC, comentou os aspectos regulatórios e a avaliação de segurança necessária para os novos produtos. “Um protetor solar que não é eficaz coloca em risco a saúde do consumidor, por isso a segurança está associada à eficácia do produto”, pondera Silva.

Complementando o assunto, Maycon Ribeiro apresentou as novidades nas metodologias para determinação dos fatores de proteção para UVA e UVB e a importância da execução em busca do melhor resultado de proteção solar.

Para comentar os danos em nível molecular provocados pela radiação solar e parâmetros atuais e inovadores para avaliação da eficácia de filtros e ativos, o Workshop ITEHPEC de Fotoproteção contou com a participação da consultora química Mary Sanae Nakamura.

Já Sérgio Oliveira, líder da delegação científica brasileira no comitê ISO-TC217 WG7-Proteção Solar e Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC, comentou os benefícios da proteção solar, citando como exemplo a relação entre o uso frequente de protetor e a redução de 50% nos casos de câncer de pele melanoma, conforme demostrou um estudo Australiano.

Para encerrar o Workshop, Jayme de Oliveira Filho, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, comentou as iniciativas desenvolvidas para promover o acesso à informação sobre os efeitos do sol e incentivar a sociedade a aderir o uso do protetor solar. “Além da campanha educativa “Dezembro Laranja”, trabalhamos para alertar a sociedade sobre a importância da fotoproteção e orientar sobre os riscos de exposição e a necessidade de proteção da pele em relação ao sol durante o ano todo”, explica Oliveira Filho.

O Workshop de Fotoproteção contou com o incentivo e patrocínio dos parceiros do ITEHPEC, a Clariant, líder mundial em especialidades químicas, e a Symrise, que tem como foco o mercado de aromas e fragrâncias.

Saiba mais sobre as atividades do ITEHPEC EM: www.itehpec.org.br

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