Setor privado cobra que pacote saia do papel

Um batalhão de executivos engravatados, mulheres de tailleur e vestidos de grife e um exército ainda maior de motoristas e carros oficiais, à espera de seus importantes passageiros.

A julgar pela presença de pesos-pesados do PIB nacional, o anúncio da segunda etapa do novo programa de logística pode ser descrito como um gesto de reaproximação da presidenta Dilma Rousseff com o setor privado.

Mas, embora muitos dos empresários presentes tenham descrito as medidas como um “avanço”, o consenso entre os donos do capital ainda é o de que falta “ousadia” ao governo para enfrentar os reais problemas que afetam a recuperação do país.

“Nós ainda necessitamos de muitos outros investimentos em infraestrutura, além destes que foram

contemplados, para que o país retome o crescimento econômico”, disparou o presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT ), Clésio Andrade.

Nas contas da entidade, o Brasil precisaria investir cerca de R$ 1 trilhão – cerca de cinco vezes o montante anunciado ontem pelo governo até 2019.

A mesma ressalva foi feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apesar de elogiar o programa, reforçou que ainda há muito a ser feito.

“Apesar do sensível progresso em alguns modais (de transporte), a indústria brasileira ainda se ressente do déficit histórico na infraestrutura”, reforçou a entidade.

O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários (ABTP), Wilen Manteli, disse que, entre lançar o programa e implementá-lo, há uma diferença enorme:  “Se a burocracia estatal seguir a filosofia dos discursos que ouvimos, o resultado tende a ser bastante positivo”.

Fonte : Brasil Econômico -10 de junho de 2015





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