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Por Sergio Lamucci WASHINGTON
O Brasil foi mais uma vez atacado pelo bilionário Donald Trump neste domingo, incluído entre os países que, segundo ele, “roubam empregos” dos EUA. Ao participar do programa “Face the nation”, da CBS, o précandidato do Partido Republicano à presidência disse que vai trazer de volta aos EUA um “grande número“ de postos de trabalho da China, do Japão, da Índia e do Brasil, e “de tantos países que estão sem dúvida roubando nossos empregos”. Trump afirmou que muitas empresas estão saindo dos EUA. “E elas vão continuar a sair em grandes quantidades se nós não fizermos algo rapidamente.
Os meus planos interrompem tudo isso.” O précandidato republicano, porém, não deu detalhes de como pretende atuar para enfrentar essa situação. “Você tem que ser inteligente para parar [esse movimento]. As pessoas costumavam deixar Nova York pela Flórida por causa de impostos, ou deixar Nova Jersey pelo Texas. Agora eles deixam os EUA pela Irlanda e a Europa – e pela Ásia, onde conseguem melhores negócios.” Questionado se a ideia era fechar brechas para paraísos fiscais, Trump afirmou que quer trazer de volta aos EUA “trilhões de dólares que estão presos em outros países”, que não retornam porque os EUA não teriam pessoas inteligentes no comando. Em 26 de outubro, Trump já havia dito que o Brasil era uma das nações que se aproveitavam dos EUA, citando o país ao lado de China, México e Japão.
Na entrevista deste domingo, Trump também fez críticas ao neurocirurgião aposentado Ben Carson, que cresceu nas pesquisas de intenção de voto nas últimas semanas. Na média de quatro pesquisas compiladas pelo site “Real Clear Politics”, Trump ainda lidera a corrida entre os eleitores republicanos com 25,3%, mas é seguido de perto por Carson, com 24,5%.
O senador Marco Rubio, da Flórida, tem 11,8%. No levantamento do “Wall Street Journal” e da “NBC”, porém, Carson aparece na liderança, com 29%, enquanto Trump tem 23%. Trump citou histórias sobre a vida de Carson que tem sido questionadas, como a de que teria recebido e rejeitado a oferta de uma bolsa de estudos para a academia militar de West Point, ou a de que teria esfaqueado um amigo quando adolescente.
Os relatos, que constam de sua autobiografia, têm sido colocados em xeque pela imprensa americana.
Fonte: Valor
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