[:pt]Vendas no varejo têm pior agosto em 15 anos [:]

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Por Robson Sales RIO ­

O volume de vendas no varejo caiu 0,9% em agosto, na comparação com julho, quando houve recuo de 1,6%, já descontados os efeitos sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Este é o pior resultado para o mês desde o ano 2000, quando houve queda de 1%. Também foi o sétimo resultado negativo consecutivo, período em que o varejo acumulou perda de 6,4%. As 19 instituições financeiras e consultorias consultadas pelo Valor Data previam um recuo de 0,6% em agosto.

O intervalo das projeções era de queda de 1,2% a alta de 0,4%. De julho para agosto, houve predomínio de resultados negativos entre as atividades, conforme o IBGE. Veículos e motos, partes e peças, por exemplo, declinaram 5,2%; Livros, jornais, revistas e papelaria diminuíram 2,6%; Material de construção caiu 2,3%; Móveis e eletrodomésticos baixaram 2%. Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registraram decréscimo de 0,1%.

Na outra ponta, tiveram avanços Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1%). Considerando a comparação com agosto de 2014, o volume de vendas do varejo diminuiu 6,9%, quinta taxa negativa consecutiva nessa comparação. É o pior resultado para o mês desde 2001. No ano, as vendas cederam 3% e, nos últimos 12 meses, declinaram 1,5%. A receita nominal do varejo, por sua vez, caiu 0,2% entre julho e agosto, mas teve alta em relação a um ano antes, de 1,1%.

No acumulado de 2015, a receita nominal subiu 3,7% e, no acumulado de 12 meses, aumentou 4,9%. No varejo ampliado, que inclui veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas declinou 2% em agosto, depois de elevação de 0,5% em julho. O resultado se iguala à queda de 2% de agosto em 2008, o pior para o período desde o início desta série, em 2003. Ante agosto de 2014, o volume de vendas do varejo ampliado cedeu 9,6%, pior resultado da série para o mês.

No ano, houve baixa de 6,9% e, em 12 meses, decréscimo de 5,2%. Quanto à receita nominal do varejo ampliado, o IBGE apontou recuo de 0,9% entre julho e agosto e de 2,5% perante o oitavo mês de 2014. No ano, houve declínio de 0,6% enquanto, em 12 meses, elevação de 0,8%. (Robson Sales | Valor)

Fonte: Valor

 

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