Venezuela no Mercosul anima indústria


Tipo de Clipping: WEB
Assunto: Comércio Exterior
Data: 04/08/2012 Veículo: Folha de S.Paulo
04/08/2012 – 04h30
TATIANA FREITAS
DE SÃO PAULO
A pauta exportadora do Brasil para a Venezuela é liderada por um produto sem valor agregado: boi vivo. Com a entrada do vizinho no Mercosul, a indústria brasileira quer mudar esse quadro.
Análise: Comércio entre parceiros deve crescer, mas conotação política pode atrapalhar
Os produtores de industrializados são os mais animados com o novo membro do bloco. Como a economia da Venezuela é centralizada em petróleo, há demanda para toda a indústria nacional -de automóveis a medicamentos.
“Eles demandam praticamente tudo. Temos muita facilidade de diversificação naquele mercado”, afirma Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).
“É uma boa oportunidade que se abre principalmente para o setor industrial, que vem passando por dificuldades”, diz Clemens Nunes, da Escola de Economia da FGV.
Mesmo sem as facilidades do acordo regional, os produtos industrializados já vêm aumentando sua participação nas exportações brasileiras para a Venezuela.
Enquanto os embarques de produtos básicos subiram 29% no primeiro semestre, para US$ 616 milhões, as exportações de manufaturados aumentaram 54%, para US$ 1,26 bilhão.
Boa parte desse avanço é atribuído à presença, naquele país, de empreiteiras brasileiras, que importam matéria-prima para desenvolver grandes projetos de infraestrutura, como máquinas, aço e construções pré-fabricadas.
Para os produtores de commodities, a entrada da Venezuela no Mercosul significa mais uma facilidade na resolução de questões burocráticas do que a possibilidade de ampliação no faturamento.
“A entrada da Venezuela no bloco apenas consolida nossa relação e nos aproxima para resolver problemas pontuais”, diz Francisco Turra, presidente da Ubabef (associação dos exportadores de carne de frango).
“Deve dar mais tranquilidade ao processo”, diz Antonio Camardelli, presidente da Abiec (associação dos exportadores de carne bovina).
A Venezuela já criou empecilhos para a importação do frango brasileiro -quinto produto mais exportado para o vizinho. A expectativa é que, com o país no Mercosul, isso não ocorra mais.
O presidente em exercício da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, diz que “todas as compras são direcionadas pelo governo, que limita a vontade dos importadores.”
Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress
COMÉRCIO BRASIL-VENEZUELA País tem superavit na relação com o vizinho

Venezuela no Mercosul anima indústriaTipo de Clipping: WEBAssunto: Comércio Exterior Data: 04/08/2012 Veículo: Folha de S.Paulo     04/08/2012 – 04h30 Venezuela no Mercosul anima indústria TATIANA FREITASDE SÃO PAULO A pauta exportadora do Brasil para a Venezuela é liderada por um produto sem valor agregado: boi vivo. Com a entrada do vizinho no Mercosul, a indústria brasileira quer mudar esse quadro. Análise: Comércio entre parceiros deve crescer, mas conotação política pode atrapalhar Os produtores de industrializados são os mais animados com o novo membro do bloco. Como a economia da Venezuela é centralizada em petróleo, há demanda para toda a indústria nacional -de automóveis a medicamentos. “Eles demandam praticamente tudo. Temos muita facilidade de diversificação naquele mercado”, afirma Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).”É uma boa oportunidade que se abre principalmente para o setor industrial, que vem passando por dificuldades”, diz Clemens Nunes, da Escola de Economia da FGV. Mesmo sem as facilidades do acordo regional, os produtos industrializados já vêm aumentando sua participação nas exportações brasileiras para a Venezuela. Enquanto os embarques de produtos básicos subiram 29% no primeiro semestre, para US$ 616 milhões, as exportações de manufaturados aumentaram 54%, para US$ 1,26 bilhão. Boa parte desse avanço é atribuído à presença, naquele país, de empreiteiras brasileiras, que importam matéria-prima para desenvolver grandes projetos de infraestrutura, como máquinas, aço e construções pré-fabricadas. Para os produtores de commodities, a entrada da Venezuela no Mercosul significa mais uma facilidade na resolução de questões burocráticas do que a possibilidade de ampliação no faturamento. “A entrada da Venezuela no bloco apenas consolida nossa relação e nos aproxima para resolver problemas pontuais”, diz Francisco Turra, presidente da Ubabef (associação dos exportadores de carne de frango). “Deve dar mais tranquilidade ao processo”, diz Antonio Camardelli, presidente da Abiec (associação dos exportadores de carne bovina). A Venezuela já criou empecilhos para a importação do frango brasileiro -quinto produto mais exportado para o vizinho. A expectativa é que, com o país no Mercosul, isso não ocorra mais. O presidente em exercício da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, diz que “todas as compras são direcionadas pelo governo, que limita a vontade dos importadores.” Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress
COMÉRCIO BRASIL-VENEZUELA País tem superavit na relação com o vizinho

Tipo de Clipping: WEBAssunto: Comércio ExteriorData: 04/08/2012 Veículo: Folha de S.Paulo04/08/2012 – 04h30TATIANA FREITASDE SÃO PAULOA pauta exportadora do Brasil para a Venezuela é liderada por um produto sem valor agregado: boi vivo. Com a entrada do vizinho no Mercosul, a indústria brasileira quer mudar esse quadro.Análise: Comércio entre parceiros deve crescer, mas conotação política pode atrapalharOs produtores de industrializados são os mais animados com o novo membro do bloco. Como a economia da Venezuela é centralizada em petróleo, há demanda para toda a indústria nacional -de automóveis a medicamentos.”Eles demandam praticamente tudo. Temos muita facilidade de diversificação naquele mercado”, afirma Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de desenvolvimento industrial da CNI (Confederação Nacional da Indústria).”É uma boa oportunidade que se abre principalmente para o setor industrial, que vem passando por dificuldades”, diz Clemens Nunes, da Escola de Economia da FGV.Mesmo sem as facilidades do acordo regional, os produtos industrializados já vêm aumentando sua participação nas exportações brasileiras para a Venezuela.Enquanto os embarques de produtos básicos subiram 29% no primeiro semestre, para US$ 616 milhões, as exportações de manufaturados aumentaram 54%, para US$ 1,26 bilhão.Boa parte desse avanço é atribuído à presença, naquele país, de empreiteiras brasileiras, que importam matéria-prima para desenvolver grandes projetos de infraestrutura, como máquinas, aço e construções pré-fabricadas.Para os produtores de commodities, a entrada da Venezuela no Mercosul significa mais uma facilidade na resolução de questões burocráticas do que a possibilidade de ampliação no faturamento.”A entrada da Venezuela no bloco apenas consolida nossa relação e nos aproxima para resolver problemas pontuais”, diz Francisco Turra, presidente da Ubabef (associação dos exportadores de carne de frango).”Deve dar mais tranquilidade ao processo”, diz Antonio Camardelli, presidente da Abiec (associação dos exportadores de carne bovina).A Venezuela já criou empecilhos para a importação do frango brasileiro -quinto produto mais exportado para o vizinho. A expectativa é que, com o país no Mercosul, isso não ocorra mais.O presidente em exercício da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), José Augusto de Castro, diz que “todas as compras são direcionadas pelo governo, que limita a vontade dos importadores.”Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/FolhapressCOMÉRCIO BRASIL-VENEZUELA País tem superavit na relação com o vizinho


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